O
Pastel de nata transformou-se num verdadeiro ícone nacional de pastelaria,
actualmente confeccionado em todo o País, e até no Mundo. As origens do pastel
de nata são citadas no Convento de Santa Catarina de Sena, em Évora, e são
feitos com massa folha e um recheio apenas constituído por natas frescas,
açúcar e gemas de ovo. Receita idêntica surge no Mosteiro de Arouca cujo espaço
deverá visitar. Outra citação aparece associando os pastéis de nata ao Convento
de Santa Clara de Évora.Vários conventos femininos de Lisboa, até 1833, também
confeccionavam pastéis de nata, e possivelmente por isso, toda Lisboa reclama a
sua origem.
Esta receita apresenta uma parte para a massa folhada, que leva
açúcar e canela, e o modo de confecção parece estranho pois junta todos os
ingredientes e não aplica a manteiga em fases de laminação da massa. Depois o
creme feito com gemas de ovo, açúcar, natas, leite, um pouco de farinha de
trigo, sal e pau de canela. Em finais do século XIX, nos dois primeiros livros
de cozinha e doçaria publicados no Brasil, encontramos receitas dos pastéis de
nata o que revela, já nesse tempo, a importância destes doces.
Grande elogio ao modo de ser português ou ter recebido as
suas heranças. Mas primeiro observamos o seu aspeto. O olhar é o primeiro sentimento.
Depois os dedos tocam a massa exterior e sente-se o estaladiço da massa
folhada. É o primeiro reflexo para o gosto. Depois uma ligeira trincadela para
perceber, na boca, o recheio. E agora a dentada mais avançada para o creme… e
depois apetece mais, mais e mais!
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